quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Andy Warhol

Andy Warhol produziu serigrafias com imagens populares e repetições constantes de símbolos midiáticos. É neste contexto de repetição, que Warhol, um dos artistas mais famosos dos anos 60, realiza obras com imagens de pop stars como Michael Jackson, Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Jackie Kennedy, Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Joseph Beuys e Marilyn Monroe.
Warhol apropria-se de imagens publicitárias (rótulos de produtos de consumo) como a do sabão em pó Brillo, a das latas de sopa Campbell’s, da caixa de corn flakes Kelloggs’s, do ketchup Heinz, entre outras, retirando a imagem dos conceitos de informação de massa.
Da mesma forma, utiliza-se de imagens que no dito jornalístico “fez notícia”: o acidente de carro (série Car Trash), a cadeira elétrica em que morreu o famoso assassino (série Eletric Chair), o protagonista do fato do dia... são imagens divulgadas pela imprensa diária e serigrafadas nas telas.
A mesma imagem que é vista várias vezes, estampada em pequena ou grande escala, em negro ou em cores, no jornal que se folheia de manhã, que o vizinho lê no ônibus, que está pendurado na banca de jornal... acabamos por reconhecê-las sem observá-las. Isso acontece tal qual o estribilho de uma canção: de tanto ouvi-lo, decoramos o refrão e ficamos a repeti-lo mentalmente, mesmo sem querer, mesmo que dê raiva, mesmo que no final se reduza a uma sombra ou uma mancha que apenas o tedioso hábito permita-nos reconhecer.
Andrew Warhola, ou como se autodenominou Andy Warhol, nasceu em Forest City, Pensilvânia, entre 1928 e 1931 (há dúvidas quanto a data do seu nascimento) e morreu em 22 de fevereiro de 1987 em conseqüência de uma operação na vesícula.
Em New York, trabalhou para consagradas revistas, como Vogue e Harper's Bazaar, emprego do qual o integrava ao mundo da mídia. Desenhista publicitário de formação julgava-se um artista, e, como tal, criou um novo estilo underground que irritou e transformou os conceitos e o mundo da arte. Em 1952, pinta o cabelo de loiro-palha, o qual torna-se marca registrada, formando a sua imagem célebre no mundo inteiro. Não havia nada melhor para fazer realçar o seu aspecto exterior, dominado por uma cabeça muito volumosa, óculos escuros e um sorriso sonhador.
Dirigiu e produziu filmes, como "Trash" em 1970, "Sleep" e "Empire". Lança a série "Oxidations", com pesquisas de oxidação da cevada de diferentes marcas de cerveja através da urina sobre papel.
O público massivo consome imagens populares de seus ídolos através de revistas, cinema e televisão, out doors, cartazes, músicas e outros meios, e, sem perceber, auxilia para a divulgação da imagem, dos fatos e acontecimentos.
Gina Zanini
Especialista em Estética

“Realmente não me interessam tanto as belezas. Do que realmente gosto é de conversadores. Para mim, os bons conversadores são umas belezas porque o que adoro na realidade são as boas conversas. Mesmo a palavra demonstra porque prefiro os conversadores às belezas, porque gravo mais do que filmo. Os conversadores fazem algo; as belezas são algo. É muito mais divertido estar com gente que sabe coisas.” Andy Warhol

“Eu sou uma pessoa profundamente artificial.” Andy Warhol

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