terça-feira, 16 de outubro de 2007

Pop Art: a massificação da Arte

Numa perspectiva mercadológica da Arte, destacamos o movimento surgido na déc. de 60 nos EUA: a Pop Art. Tal movimento visava atrair o público ao consumo dos produtos e ídolos vendidos em estampas serigrafadas sobre telas.
Numa época em que assistimos à invasão da tecnologia facilitando nossas vidas, dentro de um contexto de comercialização ascendente, os valores que cobrem certas palavras como belo, bom e verdadeiro, tornam-se invólucros verbais repletos de sentidos moldáveis à vontade. As regras dos jogos sociais produzem imagens de homens ou de coisas; imagens tiradas sucessivamente do domínio natural, técnico e maquínico. Essas imagens são altamente reprodutíveis, distribuindo às massas o maior número possível de sucessões igualitárias de pessoas e produtos, que se tornaram modelos.
A palavra pop torna-se o slogan sorridente de uma ironia crítica, relativa às palavras divulgadas pelos meios de comunicação, cujas histórias fazem a história, cuja estética define a imagem de uma época, e cujas imagens simbólicas influenciam o comportamento dos homens; transformando uma cultura - repleta de valores pré-estabelecidos – moldada aos meios e cultos Pop.
A indústria cultural exime-se da responsabilidade do que seja bom ou ruim. Interessa o que pode ser consumido rapidamente sem ser degustado, apreciado e pensado. Importando, assim, apenas o deglutido. Com a reprodução técnica, a Arte perde seu caráter de unicidade, para que a coisa única seja produto do imediatismo.

Gina Zanini
Especialista em Estética

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